Na Tal... Ceia
Começo por pedir perdão
Se hoje apareço de forma diferente
Quero deixar falar a emoção
E mostrar-vos o que me vai na mente
Vem aí uma época peculiar
Todos os sentimentos são postos a nú
Hoje decidi abordar
A triste sina do perú
Trocam-se prendas e sorrisos
Votos de paz e alegria
Arreganham-se à noite os sisos
Para atacar a iguaria
Juntam-se à volta da mesa
Relembrando a ceia derradeira
Sem uma ponta de tristeza
Atacam o trabalho da cozinheira
A ave bem tentou fugir
Mas depressa foi apanhada
Agora toca a deglutir
A sua carne bem assada
Não sei o que vos vai na mente
Mas a mim faz-me confusão
Uma ave cheia de aguardente
Não fará mal à digestão?
Por isso desde já proclamo
E espero que não me levem a mal
Este é o último ano
que vou comer perú no Natal